sexta-feira, 29 de outubro de 2010

As palavras mais perigosas da internet para buscas no Brasil


Segundo o site da Mcafee estas são as palavras mais perigosas para buscas na internet em português 
Termos de busca mais perigosos - Brasil

Compra carro para roubar

Compra carro zero km para assaltar casa

Marcelo Vellinho do parana-online
Aliocha Maurício
William foi o único detido e não deu nome dos comparsas.
A ideia de furtar uma residência usando o Gol recém-comprado, zero quilômetro e sem placas, não foi das mais inteligentes para William de Castro Souza, 22 anos. Além de ser preso em flagrante, ele bateu o carro na fuga e teve o veículo apreendido pela polícia. Dois comparsas tiveram mais sorte e conseguiram fugir, porém todos os produtos levados da casa foram recuperados.

O furto aconteceu por volta das 12h30. Os três indivíduos arrombaram uma residência no Boa Vista e carregaram o Gol com duas televisões, um home theater e um notebook. Para azar do trio, uma pessoa percebeu o crime e avisou a polícia, que encontrou o veículo logo depois, na Rua Lodovico Geronazzo, e iniciou perseguição.

Acidente

Os suspeitos entraram na Rua Canadá, sentido Colombo, e se assustaram quando viram que eram seguidos pela viatura do 20.º Batalhão da Polícia Militar. Na esquina com a Rua Arary Souto, já no Tingüi, os ladrões colidiram na traseira de uma motocicleta Yamaha, pilotada por uma jovem.

Os policiais aproveitaram para abordar o trio, mas um dos marginais estava armado e atirou na direção da viatura. Na confusão, William foi detido e os outros bandidos fugiram. A motociclista se feriu na queda e teve que ser atendida na Unidade de Saúde 24h do Boa Vista.

William foi autuado em flagrante no 4.º Distrito Policial (Boa Vista) e os objetos furtados, encontrados no Gol, foram apreendidos. A polícia apurou que o carro usado no furto tinha acabado de ser comprado por William. O suspeito disse que mora na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, e se negou a dar os nomes dos comparsas.

O último debate

Debate fatal

da coluna et cetera do parana-online
Hoje é o último dia de campanha presidencial. Restam dois programas no rádio e na televisão e, sobretudo, o debate promovido pela Rede Globo. O encontro entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) é decisivo para esclarecer os dúbios e convencer os indecisos. A emissora mudou as regras tradicionais completamente e não haverá perguntas entre os candidatos, tampouco participação de jornalistas. A pedido da Globo, o Ibope selecionou cerca de 80 eleitores que ainda não sabem em quem votar. Ontem, cada um deles enviou aos organizadores cinco perguntas sobre temas como saúde, educação, meio ambiente, políticas sociais, previdência, investimento em infraestrutura, entre outros. A direção do programa vai escolher os 12 questionamentos mais relevantes sobre cada assunto. Para o momento do encontro, os eleitores, que estarão em uma arquibancada no estúdio, serão sorteados pelos candidatos. A petista e o tucano vão responder ao mesmo número de questões ao longo de três blocos. As perguntas serão lidas em 30 segundos e os presidenciáveis terão dois minutos para respondê-las, mesmo tempo destinado a réplicas e tréplicas. No último bloco, ambos terão mais dois minutos para as considerações finais. Outro detalhe é que os dois ficarão livres para caminhar pela arena montada para o debate, o que presume-se dará mais dinamismo ao evento. Os petistas chegaram a resistir à ideia, alegando que a candidata ainda se recupera da torção sofrida no pé direito e poderia ter dificuldades para caminhar, mas acabaram cedendo. Ao que tudo indica, o novo estilo manterá a audiência inicial e não cansará o telespectador. Para os dois postulantes ao Planalto, é o tudo ou nada.

Considerações

Apesar de as pesquisas mostrarem uma vantagem expressiva de Dilma, a opinião pública generalizada é de que há um empate, pois os institutos fizeram a mesma apreciação no primeiro turno, de que a governista venceria a parada sem maiores contratempos. A Globo cobre o país inteiro, sua audiência é elevada, ainda mais porque o debate começa logo após a novela Passione. Qualquer derrapagem pode ser fatal. Os candidatos terão que caprichar, sob pena de perderem eleitores já conquistados.

Dia de treinamento

Esta sexta-feira será marcada por ensaios com os marqueteiros, simulando as possíveis perguntas que virão. Tudo será treinado, desde o conteúdo das respostas, passando pelo gestual, fisionomia, entonação da voz e tempo de exposição, até o vaivém permitido nas caminhadas pelo cenário.

Projeção
Serra e Dilma já são veteranos e não podem ser traídos pela emoção. Aquele que se irritar, perder a esportiva ou gaguejar muito e não conseguir completar raciocínios, tende ao fracasso.

Apoteose

As considerações finais, em dois minutos, têm que ser cuidadosamente esmerilhadas no treinamento. É aí que os pensamentos serão fechados. Um simples deslize pode comprometer toda a campanha. Trata-se de uma batalha onde o erro é fatal.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tiririca admite que recebeu ajuda ao escrever


Tiririca admite que teve ajuda para escrever declaração em que declara ser alfabetizado

de veja.com
Tiririca em campanha pela zona sul de São Paulo – 23/09/2010
Tiririca em campanha pela zona sul de São Paulo – 23/09/2010 (Sebastião Moreira/EFE)
Eleito deputado federal pelo PR com 1,3 milhão de votos, Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, admitiu à Justiça que teve ajuda para redigir o documento em que afirma ser alfabetizado. De acordo com a edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, Tiririca informou que foi sua mulher quem o ajudou a escrever a declaração.

Isso porque, segundo a defesa do deputado eleito, os anos de trabalho no circo provocaram em Tiririca uma lesão que dificulta a aproximação do dedo polegar do indicador. A defesa foi entregue na segunda-feira ao juiz Aloísio Sérgio Rezende Silveira, da 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo.

Tiririca é acusado de falsificar o documento em que tentava provar saber ler e escrever, requisito obrigatório para ser candidato a cargo público. Um laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística a pedido do promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes detectou que "o autor dos manuscritos examinados possui uma habilidade gráfica maior do que aquela que ele objetivou registrar ao longo do texto da declaração".

A defesa do deputado eleito também se baseia em laudos e pareceres de fonoaudiólogos e psicólogos. Os especialistas analisaram o que os advogados de Tiririca classificam como uma dificuldade de dicção dele – e seus reflexos. Os profissionais ainda explicaram as consequências que a origem familiar humilde teve na formação educacional do palhaço. 

Caso se comprove que Tiririca não sabe ler nem escrever, o deputado poderá ser condenado a cinco anos de reclusão e pagamento de multa por “omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais”. No dia 3 de outubro, ele foi eleito com a maior votação do país.

Para o promotor Maurício Ribeiro Lopes, não restam dúvidas de que o palhaço é analfabeto e fraudou não só o documento entregue à Justiça como também a carteira de habilitação que tirou em 1996, na mesma semana em que sua mãe, Maria Alice Oliveira Silva, declarou a VEJA que o filho sabia apenas “desenhar o nome”. Assim como para ser candidato a deputado, saber ler e escrever é critério para dirigir no território nacional.

Lua quer urgência na lei de imprensa


Lula corre para finalizar marco de regulação dos meios eletrônicos

Presidente quer entregar o texto a seu sucesso - e não enviá-lo ao Congresso

Antes de passar a faixa presidencial a seu sucessor, em 1º de janeiro do ano que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende finalizar o projeto que cria o marco regulatório da comunicação eletrônica no país. Mas Lula não vai enviar o texto ao Congresso. O presidente deixará o documento nas mãos do próximo presidente, que decidirá o que fazer.

O assunto tem ocupado boa parte da agenda do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, que viajou à Europa no início deste mês para conhecer os modelos de regulação da imprensa em Londres e Bruxelas. Durante a viagem, Franklin buscou subsídios para as propostas que serão apresentadas no Marco Regulatório da Radiodifusão, Comunicação Social e Telecomunicação, que ocorre entre 9 e 10 de novembro.

De acordo com a edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro afirma que esse marco regulatório, quando criado, "vai garantir a concorrência, a competição, a inovação tecnológica, o atendimento aos direitos da sociedade à informação". O discurso, porém, não convence. Os oito anos do governo Lula foram alarmantes para a imprensa livre. O presidente em pessoa protagonizou tentativas de cerceamento da liberdade de opinião em seus dois mandato.

Governo, PT e sindicatos se revezaram na tarefa de emplacar alguma espécie de "controle social da mídia" – fórmula que, no fundo, expressa o desejo de relativizar ou simplesmente restringir a liberdade de imprensa, um dos pilares das sociedades democráticas.

O diretor-geral da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), Luiz Roberto Antonik, afirmou ao jornal que o marco regulatório do Brasil, que é de 1962, precisa de ajustes, em função do surgimento de novas mídias digitais. É preciso, porém, ficar atento a propostas que visem alterar ou influir no conteúdo jornalístico. "A Abert defende com muita veemência a liberdade de expressão, mas reconhece que ajustes precisam vir", concluiu.

Projeto – As propostas que serão debatidas no seminário foram retiradas da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que terminou em dezembro de 2009. Formada por representantes do governo, sindicalistas e ONGs ligadas ao PT, PSOL e PCdoB, a Confecom nasceu em torno da salutar ideia de discutir propostas para revitalizar leis do setor que há muito caducaram.

Mas, no fim de quatro dias de discussões (que incluíram até uma proposta de "diminuir a interferência da mídia no extermínio da diversidade da fala nacional"), o que resultou do encontro foi um funesto documento que revela quão vigorosamente os impulsos totalitários correm na veia da maioria de seus signatários. Entre as mais soviéticas propostas aprovadas pela Confecom está a criação de um observatório de "conteúdos midiáticos", reencarnação do já rechaçado Conselho Federal de Jornalismo que o governo tentou impor há alguns anos a pretexto de coibir erros da imprensa, mas com o mal disfarçado propósito de submetê-la a censura prévia. 

STF valida ficha limpa


STF decide que Ficha Limpa vale nestas eleições

Corte analisou recurso de Jader Barbalho, barrado no Senado após renúncia para escapar de punição

Mirella D'Elia e Gabriel Castro de veja.com
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira, que a Lei da Ficha Limpa é válida e deve ser aplicada nas eleições deste ano. Depois do desgaste público de sua imagem no caso Roriz, quando não conseguiu pôr fim a um inédito impasse sobre a validade da norma, a Suprema Corte cumpriu seu papel. Após mais de seis horas de intenso debate - e novo empate -, chegou finalmente a uma conclusão.
Para sair do impasse, a maioria dos ministros decidiu seguir a sugestão do decano Celso de Mello e recorrer ao regimento interno da corte ao analisar recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA). Diz o artigo 205 do regimento que, em caso de empate, "havendo votado todos os ministros, salvo os impedidos ou licenciados por período remanescente superior a três meses, prevalecerá o ato impugnado". Traduzindo: como a composição do tribunal está incompleta desde a aposentadoria de Eros Grau, prevalece a medida questionada - a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que barrou Jader com base no crivo da nova lei.
Na prática, a Ficha Limpa permanece em vigor. Como consequência, Jader Barbalho (PMDB) tem o registro indeferido e não poderá assumir o cargo de senador, para o qual teve votos suficientes no estado do Pará. Em 2001, ele renunciou ao mandato no Senado para escapar de um processo de cassação por suspeita de desvio de recursos do Banpará e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A Lei da Ficha Limpa, sancionada em junho deste ano, torna inelegíveis os políticos que renunciarem para escapar de punição.
Segundo a assessoria do Supremo, a decisão desta quarta-feira será aplicada a outros casos em que políticos renunciaram para escapar de punição. As demais hipóteses previstas pela Ficha Limpa poderão ser analisadas em julgamentos futuros. 
Caso Roriz – Em setembro, a Lei da Ficha Limpa chegou pela primeira vez ao plenário da Suprema Corte por causa de um recurso do então candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC-DF). A polêmica rachou o tribunal. Na ocasião, o julgamento - que chegou à madrugada - terminou em um inusitado empate de 5 a 5. A discussão foi interrompida sem decisão alguma. Em seguida, Roriz renunciou à disputa pelo governo do DF e a coligação indicou sua mulher, Weslian Roriz, para concorrer ao cargo.

O impasse aconteceu porque não houve o voto do 11º ministro. A cadeira de Eros Grau, que se aposentou, está vazia à espera de novo ocupante. A indicação deveria ter sido feita pelo presidente Lula, mas, ao que tudo indica, ele vai deixar a decisão para o próximo presidente da República eleito. Os ministros chegaram a discutir os possíveis desfechos para o impasse e cogitaram esperar a nomeação do novo ministro. Depois de adiar a proclamação do resultado, foram surpreendidos pela renúncia de Roriz.

Votos - Quando a Ficha Limpa voltou a ser discutida, nesta quarta, o posicionamento dos magistrados já era publicamente conhecido. Primeiro a votar, o relator, Joaquim Barbosa, sustentou que a lei é válida e deve ser aplicada neste caso: “Há de se prevalecer a ótica interpretativa de interesses maiores de toda a comunidade, que coíbam abuso no exercício de funções públicas. A lei Complementar 135 (Lei da Ficha Limpa) se aplica de modo uniforme a todos os participantes da disputa, sem violar o principio da isonomia, e não gerou desequilíbrio entre as forças eleitorais em disputa". 

Os ministros Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Ellen Gracie acompanharam Barbosa e defenderam a inelegibilidade de Barbalho. Marco Aurélio Mello, José Antonio Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e o presidente, Cezar Peluso, votaram de forma contrária. "Essa é uma lei personalizada, que atinge pessoas determinadas e conhecidas", disse Peluso. 
Com o voto do presidente, o tribunal voltou ao impasse de 5 a 5 e precisou chegar a uma conclusão. Depois de acalorado debate, o julgamento foi concluído.
Salão de horrores - Coube ao ex-presidente do Supremo, Gilmar Mendes, esquentar a discussão e expor um ponto de vista distinto dos outros integrantes da corte. Contrário ao formato da Ficha Limpa, ficou exaltado em vários momentos, usou expressões fortes e elevou o tom da voz para ressaltar sua posição. Chegou a tachar a medida de "hedionda", "casuística" e disse que ela permite um “quadro horrendo de barbáries” e é um "convite para um salão de horrores". Em um dos momentos de maior irritação, disse: "Não podemos, em nome do moralismo, chancelar normas que podem flertar com o nazi-fascismo".
O ex-presidente levantou dúvidas sobre os interesses para a aprovação da lei. E citou um dos coordenadores da campanha da candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT). "Nesse caso específico a lei tinha endereço certo, era para resolver a eleição no Distrito Federal. Tanto que a emenda é de Cardozo [o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP)], hoje coordenador da campanha de Dilma Rousseff. É considerada reprovável, reprovada e hedionda", afirmou.
Mendes criticou duramente a possibilidade de barrar a candidatura de Barbalho nove anos depois de ele ter renunciado. "Estamos realmente vivendo dias singulares, heterodoxos em termos de direito. Sem dúvida nenhuma, chancelar a aplicação da lei nesse caso, nove anos decorridos, é - com as vênias de estilo - a barbárie da barbárie".

Na avaliação do ministro, a nova lei abre uma brecha para abusos do Congresso – que poderia, por exemplo, alterar os critérios de inelegibilidade para atuar em interesse próprio. “Mais grave do que a lei é o convite que se faz para a irresponsabilidade do legislador. Para a manipulação, inclusive, das eleições”, afirmou.

Na parte inicial da sessão, Mendes chegou a discutir com os colegas Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia em plenário. Criticou a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Lewandowski.

O comício final

O comício do adeus

Provavelmente, o ato político realizado na noite da terça-feira foi a última vinda de Lula ao Paraná como presidente da República. O comício, embora organizado para promover Dilma Rousseff (PT), acabou se transformando em um palco emocional. Entre choros e lágrimas, o chefe da Nação discursou por 27 minutos, em tom de despedida. Bradou, ao seu estilo, que “se eu falhasse, o povo nunca mais chegaria ao governo”. A frase, não obstante seja difícil de entender, marcou o pronunciamento, que ainda versou acerca de sua baixa escolaridade em confrontação com o sucesso político que alcançou: “Tiveram mais aulas do que eu, mas eu tinha certeza de que nenhum deles entendia de povo a metade do que eu entendia”, desabafou. A emoção com a qual o Luiz Inácio apresentou-se no palanque é uma demonstração antecipada da saudade que sentirá do poder. O Aerolula, por exemplo, será do sucessor, bem como as acomodações nababescas do Alvorada. As famosas festas juninas de Dona Marisa serão realizadas em outro lugar, que não a Granja do Torto. Como homem comum, ele terá que reaprender a movimentar uma maçaneta de porta, a meter a mão no bolso para pagar contas comezinhas e a deixar de receber o tratamento de “excelência”. A tão detestada imprensa também se afastará e os holofotes não se acenderão à sua passagem. Vê-se, portanto, que razões para tristeza não lhe faltam. A máxima de que um rei sempre será majestade, na prática, não é verdadeira.

Deu certo?

O comício com Lula rendeu muita satisfação para aqueles que estavam no evento como protagonistas, mas não se sabe se apresentará resultados eleitorais. Apesar de todo o investimento, o respeitável público que compareceu à praça da Cidade Industrial foi reduzido: três mil pessoas, segundo a Polícia Militar. A decepção dos organizadores era evidente.

Hóspede

O presidente do grupo Bourbon, Alceu Vezozzo, certamente perderá o cliente. Lula, sempre que vinha a Curitiba, fazia questão de hospedar-se em seu hotel da Rua Cândido Lopes, no Centro. Conquistar o novo mandatário da Nação não é fácil e exigirá uma árdua tarefa “diplomática”.

Enquanto isso...


Dilma corria o trecho no nordeste do país. No Ceará, fez carreata acompanhado dos irmãos Cid e Ciro Gomes, este último aquele mesmo que havia dito, em entrevista ao SBT, que Serra era mais preparado do que a petista para dirigir o país. Depois, foi a Pernambuco, onde andou ao lado do popularíssimo governador Eduardo Campos. No Paraná, confiou no taco de seu cabo eleitoral número 1.

O desafiante

Os últimos dias não têm sido fáceis para José Serra (PSDB). Atordoado pelo resultado das pesquisas, ainda teve de explicar o processo de licitação do metrô de São Paulo, para ele felizmente anulado pelo atual governador paulista.

Em aberto

Para a maioria dos analistas, a eleição já está decidida. Baseiam-se nos números dos institutos. Pois nossa opinião é de que a corrida está rigorosamente empatada. A coluna tem razões suficientes para não acreditar nas pesquisas.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Interior de uma casa após erupção na Indonésia

Tatuou pênis gigante no cliente


Tatuador responderá por agressão
Imagine-se na seguinte situação. Você junta seus caraminguás pra fazer uma tatuagem bem louca: um símbolo chinês, com dragões e uma mensagem de otimismo. Chega na hora de botar a obra na pele e o tatuador, sem te avisar, desenha - permamentemente - um pipizão de 40 centímetros, com bolas e tudo e, de brinde, uma mensagem que coloca em dúvida sua sexualidade. Que tal?
Foi isso que aconteceu com um australiano de Queensland que não teve seu nome revelado. Ele fez todo o acerto com o tatuador, mas, entre o rascunho e o desenho final, os dois tiveram uma discussão em que o cliente teria ofendido o artista e sua profissão.
Foi aí que o tatuador resolveu meter uma bola nas costas do cara. Meteu logo duas e, junto com elas, o penduricalho gigante. Agora, ele terá que responder judicialmente à acusação de agressão.


Indonésia já registra 179 mortos após tsunami e erupção

AE - Agência Estado e estadão online
O número de mortes provocadas por um tsunami e um vulcão na Indonésia chegou hoje a 179, segundo um balanço oficial. Autoridades locais apelaram por ajuda, após uma onda gigante atingir uma cadeia de ilhas e um vulcão entrar em erupção menos de 24 horas depois, deixando ainda milhares de desabrigados.
Vilas inteiras foram varridas e casas foram destruídas por ondas causadas por um terremoto de magnitude 7,7 que, na noite de segunda-feira, atingiu a costa oeste da ilha de Sumatra, em uma região de falhas geológicas conhecidas como Círculo de Fogo do Pacífico.
Pelo menos 154 pessoas morreram e cerca de 400 estão desaparecidas por causa do terremoto, disseram funcionários. "Eles perderam suas casas e agora precisam de muita ajuda e assistência", disse o chefe do setor de gerenciamento de desastres da província de Sumatra Ocidental, Harmensyah. "Há algumas barracas já chegando, mas precisamos de muito mais", afirmou ele. "Nós precisamos achar as pessoas desaparecidas o mais rápido possível. Alguns deles podem ter fugido para as montanhas, mas muitos devem ter sido levadas pela água."
A centenas de quilômetros de distância, na ilha de Java, centro do país, mais 25 pessoas morreram quando o vulcão mais ativo da Indonésia, o Monte Merapi, entrou ontem em erupção, lançando gás e lava para o céu. Funcionários disseram que quase 29 mil pessoas deixaram suas casas e foram para abrigos temporários nas proximidades da cidade próxima de Yogyakarta, mas existe o temor sobre o destino dos milhares que se recusaram a deixar suas residências.
O presidente Susilo Bambang Yudhoyono reduziu uma visita ao Vietnã para um encontro de líderes do Sudeste Asiático e estava a caminho das Ilhas Mentawai, onde deve chegar amanhã, segundo funcionários.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que viveu na Indonésia quando era criança e deve retornar ao país no mês que vem durante um giro pela Ásia, demonstrou tristeza diante das mortes e ofereceu ajuda norte-americana. As informações são da Dow Jones. 


Duas maravilhas do Salão do Automóvel SP


Pagani Zonda materiaPagani Zonda R é carro de competição (Foto: Raul Zito/G1)

KoenigseggSueco Koenigsegg pode ser abastecido com álcool (Foto: Raul Zito/G1)

Já pagamos R$1 trilhão em impostos

Brasil atinge a marca de R$ 1 trilhão em impostos arrecadados

Helio Miguel do parana-online
Os impostômetros instalados em várias cidades do País, que informam a quantidade de tributos arrecadados no Brasil durante o ano, atingiram, ontem, a marca de R$ 1 trilhão.
O painel de Curitiba, que fica na Rua XV de Novembro, em frente à sede da Associação Comercial do Paraná (ACP), foi um dos que registraram a marca, alcançada às 12h30. A quantia foi atingida pelo terceiro ano consecutivo e em tempo recorde: em 2008 e 2009 a marca foi obtida apenas em dezembro.

Ao mesmo tempo em que os painéis ganhavam mais um dígito, outras marcas medidas pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que criaram o equipamento, também continuavam subindo.
Ontem, só a União respondia por mais de R$ 630 bilhões da arrecadação, ou 63% do total. O Paraná, sexto colocado em arrecadação tributária no País, ultrapassou os R$ 13 bilhões, respondendo por 5,1% do total. Curitiba já adicionou mais de R$ 4 bilhões em seus cofres, só este ano.

A partir dos dados do impostômetro, o IBPT calculou que este ano cada brasileiro pagou, até ontem, em média, R$ 5,2 mil em impostos. Se considerados os tributos estaduais, os paranaenses pagaram R$ 4.730,57. No final de 2010, os painéis devem mostrar um valor de aproximadamente R$ 1,2 trilhão.

De acordo com as entidades, com o valor já arrecadado este ano é possível construir, por exemplo, cerca de 48 milhões de casas populares de 40 metros quadrados, 83 milhões de salas de aula equipadas, 1 milhão de quilômetros de estradas asfaltadas, 12,5 milhões de quilômetros de redes de esgoto, entre outras obras.

Desoneração

Aproveitando o momento do recorde, o presidente da ACP, Edson Ramon, cobrou mais investimentos governamentais em setores essenciais, como infraestrutura, saúde, educação e segurança.
“Além disso, defendemos a urgente desoneração tributária, pois a alta carga de tributos é um dos obstáculos à maior produção”, completou, lembrando que, a cada ano, a carga tributária no Brasil avança cerca de 10%, mesmo descontada a inflação.

O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, lembrou que o crescimento econômico e a redução da sonegação fiscal, por meio da Nota Fiscal Eletrônica, também ajudam no aumento da arrecadação.
Mas ressaltou que a forma com que os tributos são cobrados no Brasil, em cascata, contribui muito para isso. Ele explica, por exemplo, que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - cobrado pelos estados de forma diferenciada - é responsável pelo crescimento da incidência de tributos como o PIS e a Cofins.

Dilma "do chefe ou "dilma chefe"

Dilma "do chefe"

da coluna et cetera do Estado do Paraná
O título da coluna de hoje chama a atenção para o estranho sobrenome dado à presidenciável petista, cujo autor foi ninguém menos do que o governador reeleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Dirigindo-se ao marqueteiro João Santana, o peemedebista, que alimenta o grande desejo de se tornar vice em uma chapa ao Planalto encabeçada por Lula em 2014, manifestou a opinião de que o presidente da República deveria voltar a ser o protagonista principal dos programas eleitorais: “A Dilma é Rousseff, mas também é “do chefe’”, justificou. A revelação, feita pela jornalista Renata Lo Prete, do jornal Folha de S. Paulo, vai além. De acordo com a colunista, a própria Dilma, em conversa com correligionários, pela primeira vez teria mencionado a possibilidade de não concorrer à reeleição, se eleita, abrindo mão de tal prerrogativa em prol do padrinho político. O que isso significa? A tradução é de que a atual candidata, se vencer a disputa contra José Serra (PSDB), fará uma espécie de mandato tampão, o que não é bom. O cargo máximo da Nação exige personalidade e independência. A posição do Luiz Inácio, em vez de insuflar o assunto, ainda que através da boca de terceiros, deveria ser de total distanciamento. Entretanto, se ele se comportar de maneira imprópria, haverá inevitavelmente um racha no PT, tornando a administração extremamente difícil. Em bom português popular, vale repetir a máxima: “dois galos num mesmo terreiro não dá certo”.

Cenário


É visível hoje a existência, ainda em estado latente, de dois grupos dentro da base aliada do petismo. Um, chefiado por Antonio Palocci, dá a sustentação pessoal a Dilma, enquanto o outro, comandado por José Dirceu, é diretamente ligado a Lula. O ex-ministro da Casa Civil, embora não ocupe cargo eletivo e nem posição no governo, demonstra um poder gigantesco, a ponto de falar em nome do atual presidente. Esse confronto, cedo ou tarde, atingirá o limite do rompimento.

Tendência


Se eleita, certamente a senhora “do chefe” não manterá essa linha de submissão. A “presidenta”, mesmo que hoje se apresente como boazinha e cordata, no correr do mandato vai se inflar. Que não se espere dela qualquer postura secundária, haja a pressão de Lula ou não. Se chegar ao Planalto, trabalhará para ser a líder maior e jamais dispensará a oportunidade de se candidatar à reeleição. É óbvio.

E ele?

Já Lula terá que se conformar com a aposentadoria, visto não haver qualquer hipótese de ele ocupar um cargo no eventual governo Dilma. Seu caminho é o de dar conselhos, assim mesmo quando convocado. Serão quatro longos anos de espera. Por mais atração que São Bernardo do Campo exerça sobre o ex-sindicalista, não é fácil viver sem as mordomias e as facilidades do poder.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Brasil menos corrupto


26/10/2010 do g1.com

Brasil ocupa a 69ª posição em ranking  de percepção de corrupção da Transparência Internacional

Melhora no ranking em relação ao ano passado foi causada pela piora de outros países, percepção de corrupção no Brasil continua estável.

BBC e G1.COM
Para ONG, percepção de corrupção é alta em 75% dos países
O relatório anual da ONG Transparência Internacional, divulgado nesta terça-feira, indica que a percepção de corrupção no setor público do Brasil se manteve inalterada desde o ano passado, embora o país tenha subido em um ranking sobre o tema.
A pontuação dada ao país no relatório permaneceu a mesma de 2009 - 3,7 numa escala de zero a dez, em que dez indica que os servidores são percebidos pela população como pouco corruptos e zero corresponde à percepção de corrupção disseminada.
O Brasil ocupava no ano passado o 75º lugar entre 180 países no Ranking de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional. Na lista deste ano, em que foram relacionados apenas 178 países, o Brasil ocupa a 69ª posição, juntamente com Cuba, Montenegro e Romênia.
Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura, dividem a primeira colocação, com 9,3 pontos.
O ranking da TI mede a percepção de corrupção nos setores públicos dos países, a partir de avaliações de fontes como fundações, ONGs, centros de estudos e bancos de desenvolvimento.
Piora em outros países
A subida do Brasil no ranking seria apenas um reflexo da deterioração de outros países e não deve ser interpretada como um avanço do país, explicou à BBC Brasil Alejandro Salas, diretor regional para as Américas da Tarnsparência Internacional.
"A pontuação (3,7) mostra que não houve melhora ou piora no Brasil e, assim como em outros países, reflete contradições entre modernizações e práticas antigas", opinou Salas.
"Em alguns setores, temos sofisticados sistemas de compras públicas eletrônicas, que reduzem as oportunidades de corrupção, e sinais importantes como a lei da Ficha Limpa. Por outro lado, em muitos espaços de poder temos esquemas de compras de voto e nepotismo."
Ainda que a metodologia da Transparência Internacional não permita observar se houve mudanças radicais na percepção da corrupção no mundo como um todo, é possível notar quais países avançaram e quais deram sinais de retrocesso.
Salas cita o Chile, país sul-americano mais bem colocado no ranking, como exemplo positivo: subiu de 6,7 pontos em 2009 para 7,2.
O motivo é que "no Chile há a percepção de autonomia da Justiça e de uma polícia livre de corrupção", diz o diretor, citando também uma recente lei chilena que permite o acesso de cidadãos a informações de contas e contratações públicas.
Os Estados Unidos, por outro lado, são exemplo de retrocesso: perderam pontos e posições no ranking, em mais um desdobramento da crise em seu sistema financeiro.
"Os Estados Unidos sofreram uma queda importante. É um efeito dos escândalos financeiros, como o de Bernard Madoff, que mostraram ao mundo falta de transparência (no sistema). Por outro lado, medidas positivas, como a abertura de contas públicas promovida por Barack Obama, têm efeito negativo sobre a percepção da corrupção no curto prazo, justamente por colocar a corrupção em evidência."
Mudanças individuais
Dos 178 países avaliados no ranking de 2010 da TI, a vasta maioria - 75% - não obteve nota superior a 5.
"Os resultados mostram que são necessários esforços significativamente maiores para fortalecer a governança no mundo", disse em comunicado Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional.
Salas opina que melhoras no panorama global dependem de mudanças individuais. "Em muitos países os indivíduos tendem a se ver como vítimas do sistema. Mas o indivíduo pode ser proativo e sair do ciclo da corrupção. Enquanto só esperarmos grandes mudanças por parte de governos, teremos essa pontuação baixa na maioria dos países."
A percepção de corrupção é maior em países instáveis e com um histórico de conflitos, como Iraque (apenas 1,5 ponto no ranking) Afeganistão (1,4), Mianmar (1,4) e Somália (1,1, última colocada).
O Haiti configura uma exceção: obteve melhora no ranking (de 1,8 ponto em 2009 para 2,2 em 2010) apesar do terremoto que devastou o país em janeiro.
Para Salas, a percepção de corrupção pode ter diminuído no Haiti "porque todas as atenções globais se voltaram para o país e para o dinheiro doado (após o tremor), e essa atenção desestimula ações corruptas".