sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O desespero de Requião

Bateu o pavor

da coluna et cetera do paraná-online
Dias atrás, este espaço usou de todas as letras para escrever em português claro que Roberto Requião (PMDB) é um político ficha suja. A notícia baseava-se na condenação sofrida pelo ex-governador proveniente de decisão colegiada do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, com sede em Porto Alegre, por conta do uso irregular e ilegal das emissoras da Rádio e Televisão Educativa do Paraná. A imprensa - e esta coluna - entendiam que seria questão de tempo para que houvesse um pedido formal de impugnação da diplomação do senador eleito devido à violação da lei do ficha limpa. Não demorou nada. O advogado José Domingos Scarpelini, ex-candidato a deputado federal pelo PSB, foi quem protocolou a representação no Ministério Público Federal. Agora, a tendência é que o processo vá adiante e Requião, useiro e vezeiro em atacar a honra dos adversários, estará na berlinda, sujeito a um vexatório julgamento perante as cortes superiores. Os ministros irão analisar a prática de crime de improbidade administrativa, caracterizado pelo abuso de poder e utilização de um bem público em proveito pessoal e de sua família. É o mandato do senador, a passos largos, indo para o tacho. Exatamente como se previa.

Na parede

Importante ressaltar que a condenação junto ao TRF foi confirmada no dia 28 do mês passado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Em tempo: é neste mesmo processo que estão as famosas multas aplicadas a Requião por descumprimento da ordem judicial e cujo valor atualizado está próximo da cifra de R$ 1 milhão.

Ademais...
Não custa repetir que os problemas para o ex-inquilino do Canguiri não se resumem às condenações pretéritas. Muito ao contrário. Tão logo assuma o novo governo, deve ocorrer uma enxurrada de averiguações na administração requianista. Aguarda-se uma investigação profunda, entre outros órgãos, no Porto de Paranaguá, na ParanaPrevidência, na Sanepar, na Secretaria da Educação, na Ceasa e na Secretaria da Segurança.

O carimbo


Se condenado pelo Judiciário a perder o mandato, são dois os problemas principais a serem enfrentados pelo Roberto. O primeiro é de ordem política: definitivamente, ele estará no mesmo patamar do Jader Barbalho e Joaquim Roriz, figuras atingidas pela ficha limpa. O outro - e ainda mais importante - é a ausência do foro por prerrogativa de função. Se perder a cadeira de senador, ele terá que responder ao enorme número de processos na justiça comum como qualquer mortal.

Última


Não há prazo para um pronunciamento formal do Ministério Público Federal sobre esse caso, mas a procuradoria costuma ser ágil, até porque são fartas as provas dos ilícitos cometidos e das condenações. Haja tranquilizante para a alma e para o coração do Roberto. A hora é de pavor e pânico.

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