domingo, 14 de novembro de 2010

Reformas em Cuba atraem brasileiros

Roberto Simon - O Estado de S.Paulo
Cubanos que forem às lojas estatais de Havana comprar sandálias Havaianas não encontrarão mais os calçados empilhados em prateleiras padronizadas, como há dois meses. Agora, "las legítimas" estão penduradas num display, colorido e modernoso, da marca. A mudança seria banal em qualquer lugar do mundo. Mas na ilha socialista não é, dizem empresários brasileiros de olho na iminente mudança estrutural da economia cubana.
Enrique De La Osa-24/2/2010
Enrique De La Osa-24/2/2010
Em quatro meses, o presidente Raúl Castro liberalizou 178 atividades de trabalho, anunciou o corte de 500 mil cargos públicos (um décimo do total), e prometeu apoiar pequenas empresas e reformar o sistema tributário. Externamente, há um encontro de interesses: tanto Raúl quer atrair negócios quanto empresários querem acesso ao promissor, mas ainda inóspito, mercado cubano. O Brasil entraria aí.
"Os cubanos estão ficando mais agressivos e o Brasil quer responder a essa demanda", afirma Maurício Borges, diretor da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), do governo federal.
Além da mudança na apresentação em lojas, as Havaianas ganharam a bênção de Raúl para veicular dois spots publicitários em uma rádio. A entrega de brindes também foi liberada.
"Não há preconceito ideológico. Cuba tem uma demanda altíssima e é promissora para qualquer firma séria do Brasil", diz Jorge Miranda, da Rolldey, companhia catarinense que acaba de fechar um contrato de US$ 5 milhões para fornecer painéis de madeira a empresas cubanas (estatais, claro) de construção civil.
A Apex levou 27 empresas brasileiras para um evento em Havana, na semana passada, esperando que a viagem rendesse US$ 29 milhões em negócios. Ao final, deu US$ 48 milhões. O Brasil é o oitavo fornecedor de bens e serviços a Cuba e Borges diz que o País subirá rapidamente na lista em um futuro próximo.
Para o embaixador do Brasil em Havana, José Felício, empresários brasileiros estão se beneficiando da "avenida política aberta pelo governo". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve três vezes em Havana - a última delas, marcada pela comparação que fez entre presos de consciência da ilha a criminosos comuns brasileiros - e o Itamaraty quer que o Brasil tenha um papel decisivo em uma eventual abertura econômica de Cuba.
Em setembro, o chanceler Celso Amorim foi a Havana entregar uma carta a Raúl, na qual Lula oferecia apoio para desenvolver o "empreendedorismo". Na semana passada, uma missão a Cuba de vários ministérios - Casa Civil, Saúde, Ciência e Tecnologia, Comunicações e outros - deu continuidade à iniciativa.
O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), que abriu em 2008 uma linha de crédito especial de US$ 150 milhões para Cuba, promete novas ações "em breve" para impulsionar negócios brasileiros na ilha. 


Dilma sensata

Sinal de sensatez

da coluna et cetera do parana-online
A semana política começa com novas notícias de que a presidente eleita, Dilma Rousseff, manterá Guido Mantega no Ministério da Fazenda. A petista sinaliza que apóia a continuidade da política econômica de metas de inflação e câmbio flutuante. Trata-se de um acerto pleno - e esperado. Por mais que houvesse a hipótese de uma troca na pasta por alguém de seu círculo mais íntimo, a futura chefe da Nação preferiu a segurança de um jogador que dá resultados. Uma alteração nos rumos da economia poderia ser um perigo, inclusive para sua popularidade. Um interlocutor próximo do poder, cujos vínculos com o PDT gaúcho explicam a amizade com Dilma, diz que ela “mudará não mudando”, em ajustes “pontuais e sem traumas”. A sensatez da presidente merece elogios. O sucesso da estabilidade econômica e o enfrentamento à crise com o incentivo ao consumo interno deram a Luiz Inácio Lula da Silva uma aprovação popular recorde. Reinventar a roda não seria uma boa medida.

Troca


O jornal O Estado de S. Paulo assevera, porém, que a manutenção de Mantega não garantirá a permanência de um de seus principais auxiliares, o titular da Receita Federal. “Desgastado com a quebra de sigilo fiscal de familiares do ex-governador José Serra e do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas, Otacílio Cartaxo não deve ser mantido”, diz a reportagem. Dilma age cirurgicamente.

Inútil


A semana que se encerra produziu uma pérola no Senado. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou a chamada “PEC da Felicidade”. Seria risível se não fosse lamentável. O texto da proposta de emenda constitucional, cuja autoria é do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), inclui a “busca da felicidade” entre os direitos fundamentais do cidadão. A Carta Magna seria emendada em seu artigo 6º, que passaria a ser o seguinte: “São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”.

Óbvio que...

Trata-se do retrato da ineficácia. Qualquer alteração no texto da Constituição de 1988 - uma lei já rica em garantias e direitos individuais e coletivos - só se justificaria se acrescentasse algo concreto e verdadeiramente relevante. A felicidade geral, no mínimo, está subentendida no texto atual. Em um país com tantas e graves distorções, discutir essa mudança legislativa soa um despropósito.

Estranho

O que surpreende nessa história é justamente a “paternidade” da PEC. A medida não combina com a postura sempre correta de Cristovam Buarque. Com todo o respeito que o parlamentar merece, ele “viajou na maionese”, como dizem os mais jovens.

Trâmite

Vale sublinhar que ainda há muito chão pela frente até a proposta ser definitivamente aprovada. Primeiro, terá que ir ao plenário do Senado, onde precisará de 3/5 dos votos, em dois turnos. Após isso, deverá respeitar o mesmo rito no plenário da Câmara Federal. Apesar de ser algo insosso, é muito possível que a matéria passe. E prospere.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Dicas para ganhar na Lotofácil


Quer uma forma fácil de ganhar na Loteria? Já vou dizendo que esta fórmula ou forma não existe, mas existem meios de aumentar suas chances. Encontrei vários métodos, muitos grátis e outros à venda no Mercado Livre, porém, uma em especial me chamou a atenção pela grande facilidade de ter cartelas premiadas.
Joguei algumas vezes, e posso dizer que na maioria das tentativas, recuperei o valor gasto no jogo e algumas vezes ganhei um pouco mais, não é nenhuma fórmula milagrosa, mas aumenta bastante suas chances de ganhar um bom prêmio gastando muito pouco.
Não sei quem é o autor da fórmula, então peço ajuda sua para colocar os devidos créditos caso saiba, basta comentar. O valor gasto será de apenas R$ 11,00, ou seja, vamos jogar apenas 11 cartelas na Lotofácil.
Para começar, você precisa saber o resultado dos 10 últimos sorteios (consulte no site da CAIXA):
1º – Anote as 9 dezenas que mais saíram nos 10 últimos sorteios;
2º – Anote as 5 dezenas que não saíram no último sorteio;
3º – Anote as 11 dezenas que faltam para completar os 25 números da Lotofácil;
4º – Faça agora os desdobramentos, coloque as 9 mas sorteadas e as 5 não sorteadas na mesma linha, e repita desta forma, 11 vezes;
5º – Para completar as 15 dezenas em cada cartela, coloque as 11 dezenas no final de cada linha.
Vejamos um exemplo fictício:
EXEMPLO:
09 Dezenas mais sorteadas nos 10 últimos sorteios: 1-12-25-23-8-15-22-24-2005 Dezenas não sorteadas no último sorteio: 2-5-6-18-1911 Dezenas que faltam para completar os 25 números: 3-4-7-9-10-11-13-14-16-17-21
VEJA COMO FICARIA CADA CARTELA:
01º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 3
02º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 4
03º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 7
04º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 9
05º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 10
06º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 11
07º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 13
08º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 14
09º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 16
10º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 17
11º 1 2 5 6 8 12 15 18 19 20 22 23 24 25 21
Lembrando que isso é só um exemplo, e nada impede que ao invés de anotar os 9 números que saíram mais nos 10 últimos concursos, anote os 9 números que saíram por exemplo desde a inauguração do jogo, ou se preferir utilizar das duas formas, então ao invés de jogar 11 carteiras, pode-se jogar 22 cartelas, fica a seu critério.
Lembre-se, se você ganhar, não esqueça de avisar, e se quiser me dar uma gratificação eu ficaria muito feliz.

O desespero de Requião

Bateu o pavor

da coluna et cetera do paraná-online
Dias atrás, este espaço usou de todas as letras para escrever em português claro que Roberto Requião (PMDB) é um político ficha suja. A notícia baseava-se na condenação sofrida pelo ex-governador proveniente de decisão colegiada do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, com sede em Porto Alegre, por conta do uso irregular e ilegal das emissoras da Rádio e Televisão Educativa do Paraná. A imprensa - e esta coluna - entendiam que seria questão de tempo para que houvesse um pedido formal de impugnação da diplomação do senador eleito devido à violação da lei do ficha limpa. Não demorou nada. O advogado José Domingos Scarpelini, ex-candidato a deputado federal pelo PSB, foi quem protocolou a representação no Ministério Público Federal. Agora, a tendência é que o processo vá adiante e Requião, useiro e vezeiro em atacar a honra dos adversários, estará na berlinda, sujeito a um vexatório julgamento perante as cortes superiores. Os ministros irão analisar a prática de crime de improbidade administrativa, caracterizado pelo abuso de poder e utilização de um bem público em proveito pessoal e de sua família. É o mandato do senador, a passos largos, indo para o tacho. Exatamente como se previa.

Na parede

Importante ressaltar que a condenação junto ao TRF foi confirmada no dia 28 do mês passado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Em tempo: é neste mesmo processo que estão as famosas multas aplicadas a Requião por descumprimento da ordem judicial e cujo valor atualizado está próximo da cifra de R$ 1 milhão.

Ademais...
Não custa repetir que os problemas para o ex-inquilino do Canguiri não se resumem às condenações pretéritas. Muito ao contrário. Tão logo assuma o novo governo, deve ocorrer uma enxurrada de averiguações na administração requianista. Aguarda-se uma investigação profunda, entre outros órgãos, no Porto de Paranaguá, na ParanaPrevidência, na Sanepar, na Secretaria da Educação, na Ceasa e na Secretaria da Segurança.

O carimbo


Se condenado pelo Judiciário a perder o mandato, são dois os problemas principais a serem enfrentados pelo Roberto. O primeiro é de ordem política: definitivamente, ele estará no mesmo patamar do Jader Barbalho e Joaquim Roriz, figuras atingidas pela ficha limpa. O outro - e ainda mais importante - é a ausência do foro por prerrogativa de função. Se perder a cadeira de senador, ele terá que responder ao enorme número de processos na justiça comum como qualquer mortal.

Última


Não há prazo para um pronunciamento formal do Ministério Público Federal sobre esse caso, mas a procuradoria costuma ser ágil, até porque são fartas as provas dos ilícitos cometidos e das condenações. Haja tranquilizante para a alma e para o coração do Roberto. A hora é de pavor e pânico.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O salário do presidente

O salário do presidente

da coluna et cetera do parana-online
Virou notícia ontem a declaração do presidente Lula de que é necessário aumentar o salário a ser pago a Dilma Rousseff. Ele esclareceu que, em 2002, os senadores e deputados aumentaram os próprios vencimentos e esqueceram de elevar o valor recebido pelo chefe do Executivo. Hoje, o presidente ganha R$ 11.420,21 brutos - o líquido fica em torno de R$ 8 mil. É o menor salário entre os chefes dos três poderes. O Congresso paga R$ 16.512 mil aos parlamentares - são 15 salários por ano -, e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ganham R$ 26.723. Você acha pouco o que o Luiz Inácio ganha? Pois não é. Lula não paga aluguel, alimentação, transporte, vestuário, viagens a passeio, nem as cigarrilhas que fuma, tampouco as cervejinhas que toma. Em síntese: o presidente da República não mexe em dinheiro. O seu salário vai direto para a poupança. Em um cálculo primário, sem acrescentar os juros e a correção monetária, ele teria hoje mais de R$ 800 mil reais na conta bancária. Esse assunto, portanto, não passa de mais uma das brincadeiras do espírito lulista de ser.

Vai subir


Assim que virar ex-presidente, Lula passará a receber um salário igual ao que aufere um ministro da Suprema Corte. Basta requerer. Além disso, Lula terá à sua disposição seguranças e motoristas pagos pelo governo federal e dois carros de luxo. Não é tanto quanto tinha, mas é um bom prêmio consolação.

Reforma

A primeira-dama Marisa Letícia está comandando uma reforma na cobertura do casal, em São Bernardo, que será a residência de Lula tão logo deixe o Planalto. Além de pintar o imóvel, ela foi às compras na semana passada. Escolheu azulejos e um piso novo para o terraço. O apartamento é mais aconchegante do que o imenso Alvorada, palácio que mais se assemelha a um convento. O seu salão principal é tão vasto que faz até eco.

Mesmo assim...

Deixar o “bem bom” do tratamento presidencial não é nada agradável. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sempre se queixa de sentir saudades da piscina palaciana.

Aliás...

Já que estamos falando em residência do comandante do País, as notícias que chegam informam que a presidente eleita Dilma Rousseff vai ocupar provisoriamente, até o início do mandato, a Granja do Torto, famosa recentemente pelas peladas, churrascadas e festas juninas de dona Marisa. No passado, porém, o lugar ficou conhecido graças às cocheiras de João Figueiredo, onde habitavam o maior e o menor cavalos do mundo, segundo ele próprio. O militar adorava tanto os equinos que mantinha o seu dormitório dentro das baias. Pouca gente sabe disso.

Frase


Entrou para a história a fala de Figueiredo: “Gosto mais do cheiro dos cavalos do que cheiro de gente”.

Última

Brincadeiras à parte, é justo o pleito do atual presidente. Que se aumente o salário da Dilma!

Estudante morre prensada pelo elevador

Estudante morre prensada por elevador de escola

Marcelo Vellinho do parana-online
Aliocha Maurício
Perito constatou falta de segurança no equipamento.
Uma fatalidade tirou a vida de Gisele Stresser Machado, 10 anos, no colégio onde ela estudava, em Campo Largo. A menina teve a cabeça prensada por uma viga quando acompanhava uma colega cadeirante no elevador destinado às crianças com necessidades especiais.
O acidente aconteceu pouco antes das 15h, na Escola Municipal Mauro Portugal, na Rua Alcebíades Affonso Guimarães, Águas Claras. Pelo que foi apurado pela perícia, o elevador não oferecia condições de segurança.

De acordo com a polícia, Gisele e a amiga, que está com a perna quebrada, entraram no elevador, no piso térreo, e subiriam um andar. Porém, durante o deslocamento, Gisele teria se debruçado sobre uma das paredes do aparelho, que ficam a meia altura.
A cabeça da garota bateu em uma viga, entre os dois pavimentos, e foi prensada. As manchas de sangue na parede dão mostras da violência do choque. Alguns fios de cabelo ficaram presos à viga. Quando os socorristas do Siate chegaram, a menina já estava morta.

Inseguro

O perito Roman Abril, do Instituto de Criminalística, afirmou que o elevador, mantido pela prefeitura de Campo Largo, não oferece condições de segurança. Ainda assim, o aparelho era operado livremente pelas crianças, sem auxílio ou supervisão de adultos.
O secretário de Segurança do município, Benedito Faccini, disse que todo prédio público deve ter um elevador para portadores de necessidades especiais e que o aparelho podia ser usado por qualquer criança.
“Não há condições de controlar o acesso dos alunos ao elevador. Lamentamos profundamente o que aconteceu e vamos apurar as responsabilidades. Sei que tudo que a prefeitura puder fazer não será suficiente para anestesiar a dor que a família está passando”, declarou Faccini.

O caso abalou funcionários da escola, estudantes e familiares dos alunos. Cerca de 1,5 mil crianças estudam no local, onde além da escola municipal, funciona um Centro de Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente (Caic).
Alguns parentes comentaram que não sabiam da existência do elevador na escola, muito menos que era operado pelas próprias crianças. Gisele cursava a terceira série do ensino fundamental e completou 10 anos exatamente um mês antes de morrer (no dia 10/10/10). Em função da tragédia, as aulas foram suspensas e retornarão na terça-feira.

“Apenas o sorriso na janela”


Aliocha Maurício
Pai estava desconsolado.
Bastante abatido com a perda da filha, o eletricista Antônio Carlos Machado cobrou agilidade nas investigações. “Não quero que outro pai passe pelo que estou passando. Não estou aqui para culpar ninguém, mas temos que saber o que aconteceu, se houve falha mecânica, falta de manutenção ou outro problema”, declarou.

Além de Gisele, Antônio tem outros dois filhos, e um deles também estuda na escola. O eletricista é divorciado, mas vê as crianças semanalmente. “Não sei o que fazer, perdi o chão, ela era meu tesouro. Vi minha filha pela última vez na segunda-feira, quando passei pela casa e ela estava na janela. Não consegui dar um abraço de despedida, ficou apenas o sorriso na janela”.

Inquérito

A delegacia de Campo Largo instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias do acidente, com base nos laudos do Instituto de Criminalística. As investigações deverão apontar se a manutenção do elevador era realizada nos prazos regulares e em que condições o aparelho funcionava.

O advogado-geral do município, Adolfo Vaz da Silva, afirmou que também “será instaurado procedimento administrativo interno para investigar o acidente”. O elevador foi lacrado e não há informações se voltará a ser utilizado.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mec consegue desmoralizar o ENEM

É sucesso tática do MEC para desmoralizar Enem


Do Josias de Souza
É de impressionar o zelo e o custo com que o Ministério da Educação exerce a incompetência ao gerir o Enem.
Convocada, a rapaziada compareceu a mais uma rodada do exame. Uma parte saiu da prova com uma questão irresolvida.
Coisa de múltipla escolha:
Letra A: O MEC faz muito mal todo o bem que faz aos estudantes.
Letra B: O MEC faz muito bem todo o mal que faz aos estudantes.
Letra C: Todas as alternativas alteriores.
A encrenca concentrou-se no sábado (6). A prova trazia questões repetidas. Faltavam-lhe outras questões.
Na folha de teste, a sequência de perguntas era uma. No cartão de respostas, outra. Um espanto!
A encrenca ganhou a web. Tornou-se assunto instantâneo das redes sociais. O MEC foi ao incêndio munido de gasolina.
A equipe do ministro Fernando Haddad (Educação) pendurou no twitter da pasta uma nota ameaçadora e deseducada:
“Alunos que já ‘dançaram’ no Enem tentam tumultuar com msgs nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los”.
A fogueira subiu. E o time do Inep desceu ao twitter. Dessa vez, munido de uma seringa de água:

A ineficiência do poder público

O poder público ineficiente

                         

da coluna et cetera do parana-onine
A linha de estatização pregada pela base partidária que sustenta o governo federal comprovadamente não é a mais indicada, tampouco a mais correta. A nova demonstração da veracidade dessa sentença foi a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Os erros foram primários, a começar pelas falhas de revisão dos cadernos de questões. O Ministério da Educação (MEC), orgão responsável pela prova, permitiu, desatentamente, que as impressões saíssem invertidas. Também houve o registro de entrega de cadernos com questões repetidas ou ausentes. Em Curitiba, por exemplo, três alunos informaram que receberam o material com folhas das provas amarela e branca misturadas - e por duas vezes. A aluna Veridiana Ferteski, de 18 anos, declarou que havia problemas em pelo menos 14 questões. Além disso, houve casos em que candidatos usaram o celular e, em Recife, um jornalista conseguiu entrar no colégio e vazou o tema da redação. O governo, se por um lado classifica o evento como um “sucesso”, por outro admite que pode aplicar um novo exame para aqueles que se sentiram prejudicados. O custo da operação é elevadíssimo. Se esses fatos ocorressem no domínio da iniciativa privada, os valores estariam muito aquém do realizado e as possibilidades de falhas seriam muito menores. O Estado é incompetente e ineficiente.

Vai cair


A permanência do ministro da Educação Fernando Haddad no governo Dilma era dada com certa. Agora, não mais. O Enem cortou-lhe a cabeça. O PT já articula a ocupação da cadeira por um de seus filiados. O nome do momento é o da senadora Marta Suplicy. Em tempo: se isso acontecer, será a troca do seis pelo meia dúzia. O Ministério merece um especialista de porte.

Privatizações

Há uma espécie de senso comum junto à opinião pública de que o governo não deve alienar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Mas essa premissa não atinge outros órgãos que não dão resultados e prestam péssimos serviços à sociedade. O caso dos Correios e Telégrafos, por exemplo, deve ser reestudado. A estatal, além de não atender plenamente a população, hoje virou sinônimo de corrupção. Vale lembrar que o mensalão iniciou lá, bem como, agora, os escândalos envolvendo a Casa Civil e os parentes da ex-ministra Erenice Guerra.

Afinal...

Onde o Brasil não falha? Principalmente na cobrança de impostos. Com uma carga tributária altíssima, o Estado busca com rigor os recursos dos contribuintes. Se agisse com o mesmo empenho na aplicação do dinheiro, a saúde, a educação e a segurança pública estariam em outro patamar.

Última
Quem torce o nariz para as privatizações deve lembrar do sucesso das telecomunicações no Brasil. O telefone fixo virou um inútil e sobram linhas de celulares. A impressão de que desestatizar configura-se a “venda de bens do povo” é um equívoco, pois a empresa continua sob o controle das chamadas agências reguladoras e o Estado permanece parceiro, arrecadando tributos.