Sandálias da humildade
Do parana-online.com
Fracasso
Os aliados da base governista citam como exemplo desse distanciamento a visita que Dilma fez à rodoviária de Brasília às vésperas do pleito. Em vez de se aproximar das pessoas, grades de ferro a separavam. A petista manteve durante todo o tempo uma “postura presidencial”, ou seja, uma posição quase que de desprezo pelos 500 manifestantes ali reunidos. Só conseguiram chegar perto da candidata aqueles que se espremeram na linha de frente. Além disso, o forte de esquema de segurança montado pelo PT foi entendido como alheamento. Melhor seria que o ato não tivesse acontecido.
Problema
Esse estilo de Dilma conflita violentamente com o modo de ação de Marina Silva. A senadora sempre demonstra extremo carinho para quem dela se aproxima. A candidata verde conduziu a campanha com leveza e simplicidade, muito diferente da representante do governo. Em síntese, pode se dizer que quem se assemelha a Lula é Marina. E não Dilma. A aproximação entre as duas é difícil.
Sensação
Pelo visual e pelo comportamento, a petista transmite a impressão que é a postulante vinculada às elites, ou seja, da direita. Até mesmo o José Serra (PSDB) consegue mostrar-se, em todos os sentidos, muito mais à esquerda do que ela. É estranho, você não acha?
Por isso...
Se não houver alterações profundas na campanha do PT durante o segundo turno, não há mágica lulista que funcione. Aliás, essa é uma pergunta que está no ar: será que o presidente do Brasil, nessas alturas dos acontecimentos, não está arrependido da escolha que fez?
Zero a zero
O segundo turno é sempre uma nova eleição. A posição do eleitorado não necessariamente se repete nas urnas. No momento, o clima está mais favorável ao tucano.
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