O poder eleitoral das pesquisas
do ParanaOnline
No Paraná
Avaliados os números da véspera do primeiro turno (quando o Ibope errou ao apontar um empate entre Beto Richa e Osmar Dias em 45%), compreende-se o pedido feito pela campanha tucana de impugnar a divulgação dos números. A Justiça, ao entender que havia irregularidades na consulta, certamente impediu a formação de um falso cenário na disputa ao Palácio Iguaçu. Contudo, o preço da estratégia tucana foi alto, pois o governador eleito chegou a ser chamado de “censurador” em plena campanha política.
Pare pensar
Agora, com tantas distorções nos números, há como condenar a postura dos advogados de Beto? A resposta mais sensata é não.
Outro lado
Osmar também tem a sua parte de razão ao protestar contra o “apagão” das pesquisas. Estivesse ele bem posicionado, poderia ter havido uma migração em seu favor, mesmo que supostamente de forma artificial. A queixa está viva e faz parte do jogo.
Para lembrar
Melhor seria, porém, que o PDT lembrasse do que aconteceu em 2006, quando o senador foi verdadeiramente a vítima dos levantamentos. À época, todos os institutos apontavam uma vitória ampla de Requião. Todavia, quando a totalização foi concluída, viu-se que ele perdeu por uma diferença de apenas 0,1% dos votos. Este é o “x” da questão.
Portanto...
É necessário que a sociedade discuta com frieza esse assunto. Ou o Estado brasileiro disciplina a matéria de uma vez por todas, com regras que mantenham a liberdade de divulgação, mas com responsabilização severa contra as falhas, ou, em 2012, voltaremos a bater na mesma tecla.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário