domingo, 24 de outubro de 2010

O autoritarismo petista

O risco maior

da coluna etcetera do parana-online
Os tentáculos autoritários e antidemocráticos do PT ganharam força mais uma vez nos últimos dias. A legenda, em plena campanha presidencial, sem se preocupar com o efeito negativo que isso pudesse ocasionar em sua candidata, fez aprovar pela Assembleia Legislativa do Ceará a criação de um Conselho para “orientar”, “fiscalizar”, “monitorar” e “produzir relatórios” sobre a atividade da imprensa. Aos mais desatentos vale o alerta: a ação não é um caso isolado, visto que a ideia foi aprovada pela Conferência Nacional de Comunicação, apoiada pelo governo federal, está presente no polêmico texto sobre Direitos Humanos e, em essência, reprisa a tese original de se criar um “Conselho Nacional de Jornalismo”. Em outras palavras: é o Estado, em desrespeito à liberdade de informar e ser informado, tentando instituir um impedimento ao pleno exercício dos jornalistas e dos veículos de comunicação. É algo próximo do chavismo, ou do kirchnerismo. Importante sublinhar que qualquer embaraço ao direito de expressão configura, antes de qualquer outro qualificativo, representa uma afronta à Constituição Federal e aos princípios mais caros de nossa República. O momento é de atenção, uma vez que o risco maior está vivo. E latente.

Ressalva

A candidata Dilma Rousseff (PT), sempre que questionada a respeito, diz não concordar com a imposição de limites prévios ao trabalho da imprensa. Tal postura merece elogios. Ao que tudo indica, a petista reconhece que aos jornais deve ser dada a completa liberdade para noticiar e opinar, sempre de acordo e respeitando os parâmetros legais. Onde houver abuso, a Justiça, acionada, mandará que se faça a reparação.

Portanto...


É evidente que deve haver um controle sobre as atividades dos jornais, revistas, rádios, TVs e internet, mas este deve acontecer a posteriori, após a divulgação da notícia. “Orientar” e “fiscalizar” antes da publicação, em bom português, é o mesmo que “censura”.

Comparar

O discurso de Dilma no que tange à liberdade de imprensa é mais correto, inclusive, do que o do presidente da República. Lula, aliás, é useiro e vezeiro em atacar os veículos de comunicação. Nesta campanha, ele disse que a mídia se comportava como partido político, referindo-se à divulgação do escândalo Erenice. Veja o absurdo do raciocínio lulista: uma quadrilha se estabeleceu dentro da Casa Civil, houve desvio de recursos e nepotismo, e a culpa é dos jornais?

Última

Em exatos sete dias, os brasileiros vão às urnas para o pleito do segundo turno. Contaminados com os números das pesquisas, os tucanos deixam vazar que estão preocupados com o aumento na abstenção por conta de a eleição cair em pleno feriado de finados. O poder dos institutos é, definitivamente, demasiado.

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